A
Garrafa de Vinho
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Porque você está vestida desse jeito, já está com sono há essa hora?
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É eu estava tirando um cochilo depois do almoço.
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Mas já é o princípio da noite mulher. A pia esta cheia de pratos sujos. E
porque abriu a garrafa de vinho, deu prá beber agora?
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Bebi só uma taça.
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Quase uma garrafa!
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Ora, eu não posso beber um pouquinho agora?
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Pode o fígado é seu. Mas é segunda feira ainda.
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E você não tinha reunião hoje depois do trabalho!
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A reunião é na quarta feira mulher, como você é esquecida!
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A é? Mas que memória de bactéria!
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Ta certa! Acorde, tome um banho, que hoje estou com vontade!
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Como assim com vontade?
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Com vontade mulher. Com vontade de pimbá!
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Mas você não ta cansado?
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Que manê cansado! Eu estou é com a corda toda!
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E a sua coluna não está doendo?
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Eu tô é ficando broxa com tanta pergunta!
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Então vamos deixar para outro dia que eu é que estou morrendo de cansada.
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Perai, como cansada, você acordou agora, dormiu a tarde toda, você esta doente?
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Pensando bem, eu não estou me sentido bem!
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Eu coloquei a caixa de remédios no armário, deixa que eu pego.
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Eu acho que vou desmaiar!
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Meu docinho de rapadura, o que eu faço para você ficar boa?
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Não se aproxime desse armário! Só a idéia, de ver essa caixa de remédios, me
deixa mais doente.
Erasmo
sorrindo e feliz pegou a esposa pela mão e pediu a ela um pouco de vinho que
sobrou na garrafa, e foram para a cozinha. E no fundo do quarto, surge o
sobrenatural. Dentro do guarda roupas, uma visão estranha, uma criatura
diferente, abria a porta.
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